O MAL DE PORTUGAL CHAMA-SE SOCIALISMO

A doença de que padecemos tem um nome: EXCESSO DE ESTADO, ou numa palavra: SOCIALISMO

quarta-feira, maio 23

A meio da legislatura, convem recordar os 150.000 postos de trabalho prometidos

Segundo os cálculos do blogue Grande Loja do Queijo Limiano, foram criados até meio desta legislatura 3.700 postos de trabalho, e o Desemprego Real da Economia Portuguesa é de 10,89%, ou seja 611.000 pessoas.

Isto é só para lembrar que quem cria emprego são as empresas e não o Estado, e que quaisquer promessas desse tipo não passam de um amontoado de falsidades para boi dormir. O Estado quando muito pode criar condições que facilitem a criação de emprego, o que manifestamente não sucede na maioria dos casos tanto em Portugal como no estrangeiro.

quinta-feira, maio 10

Mais sobre a Ota

Graças ao Insurgente:

domingo, maio 6

O essencial da razão de ser da política

Está aqui neste pequeno discurso:

Parte 1:


Parte 2:


Parte 3:


Parte 4:


Nunca vi um discurso europeu com semelhante densidade

quarta-feira, maio 2

O Drama da Direita e o Triunfalismo da Esquerda

Um post de Gonçalo Magalhães Collaço no blogue Geração de 60:

"O drama da dita Direita, em Portugal e no mundo, é não ser, nem nunca ter sido, mais do que o que a dita Esquerda sempre entendeu conveniente a dita Direita ser. Aliás, tão redutor conceito político, só mesmo à dita Esquerda lembrar poderia. De qualquer modo, os ditos Philosophes venceram e desde então têm subjugado completamente a Civilização, com os resultados que, agora, todos estão vendo.


Em Portugal, o drama é mais grave apenas pelo facto de o dito Regime Democrático ter sufocado, in ovo, qualquer veleidade de haver Partido, Movimento ou fosse o que fosse, autónomo e distinto da Esquerda triunfante. Mal despontavam, tanto o Partido Liberal como o Partido do Progresso, logo se viram aniquilados sem que ninguém entre os ditos grandes defensores da liberdade, entre os quais o muito douto e ilustre futuro Presidente da República Portuguesa, o Dr. Mário Soares, se manifestasse minimamente incomodado com o assunto. Mais tarde, é certo, quando percebeu o perigo próprio que corria, depois do Dr. Salgado Zenha ter dado o alarme e o povo acima do Tejo ter dado o corpo ao manifesto, opondo-se resolutamente à ditadura comunista que, a pouco e pouco, se tentava implantar em Portugal, lá foi até à Fonte Luminosa em defesa, antes de mais, da sua sobrevivência que, naquele exacto momento, acessória e felizmente, coincidiu e correspondeu também à defesa de um suplemento de liberdade para Portugal.

Antes, porém, para que a democracia portuguesa não se afigurasse muito esquisita a olhos de terceiros, a Esquerda havia já convocado e mandatado o Dr. Freitas do Amaral para formar, como todos sabemos, o Partido da Direita, o futuro CDS, Partido do Centro Democrático e Social, ficando assim, para sempre, a dita Direita, se é que tem sentido usar tal expressão, completamente refém da Esquerda em Portugal.

Rememorando tais antecedentes, ninguém deverá ficar surpreendido quando verifica, hoje, constituir-se como primordial preocupação de uma certa Direita em Portugal, se tal expressão tem sentido, o reconhecimento da Esquerda. Afinal, hoje, como ontem, é, continua a ser concedida à Esquerda a prorrogativa única de determinar, julgar decidir, do alto da sua sempre muito autoproclamada autoridade moral, a quem Direito de Cidade assiste ou simplesmente atirado, no melhor dos casos, para o limbo da política deva ser.

Não por acaso, foi-nos dado o espectáculo de assistimos durante anos a sucessivas entrevistas do Dr. Álvaro Cunhal, na televisão, na rádio, na imprensa, como se a identificação entre os seus ideais de regime e sistema político e tudo quanto ao longo dos anos se passava e passou na dita União Soviética, não fosse senão cousa ténue, remota, quase inexistente. Praga? Não estava informado _ tanto quanto é dado saber, parece mesmo que o Dr. Álvaro Cunhal nunca chegou a ser exactamente informado o que se passou nem curiosidade teve de o averiguar. Estaline? Bem, talvez alguns excessos hajam sido isso mesmo mas, em qualquer dos casos, isso mesmo nunca poderia colocar em causa a bondade, como agora tolamente se diz, do marxismo-leninismo-estalinismo. E, não obstante, até um Dr. Paulo Portas à grande e extraordinária inteligência do Dr. Álvaro Cunhal não deixou de se vergar e respeitar, bem como à sua muito apregoada e enaltecida coerência!!!???...

Há, como é evidente, uma intrínseca contradição na alta consideração da inteligência de um Dr. Álvaro Cunhal porque, ou era realmente inteligente e coerente e há muito teria abandonado os ideais comunistas, um equívoco intelectual de princípio a fim, ou, não abandonando, ou a sua inteligência não subia às enaltecidas alturas ou então, subindo a sua inteligente a tais enaltecidos cumes, só uma intrínseca perversidade na mesma ou no seu carácter poderia explicar tal incoerência, mas, aqui, é claro, adeus ó não menos enaltecida coerência. Válido tanto para os Álvaro Cunhal de ontem como para os Louçã de hoje.

Sim, estamos todos, com certeza, a imaginar alguém a ser entrevistado na televisão, nas Grandes Entrevistas, no prime time, como dizem os entendidos, a louvar as virtudes do nacional-socialismo e, quando interrogado sobre Hitler, limitar-se a responder, muito calma e ponderadamente: «Bem, de facto excessos terá havido mas isso não coloca em causa a bondade do nacional-socialismo». Sim, estamos todos a imaginar: seria linchado à saída do estúdio?... E no entanto, em que é que os crimes de Hitler foram mais hediondos que os crimes de Estaline? Por terem sido mais connosco do que com outros?...

Ah!, evidentemente, é necessário ter cuidado com estas comparações. Muito doutamente, a União Europeia prepara-se para criminalizar quem, por palavras e obras, coloque em dúvida a verdade oficial sobre os crimes de genocídio praticados pelo nazismo, como já sucede em algumas das suas nações. Ou seja, a partir de agora ou num futuro próximo, vamos ter de passar a ler o Diário da república para aprendermos História, determinada, por suposto, em sede parlamentar.

Ideia peregrina? Por certo. A Esquerda não entende de facto o que a liberdade seja. Não são os crimes de genocídio praticados pelo regime hitleriano passíveis de prova histórica? Não se combatem as opiniões disparatadas sobre quaisquer factos históricos com argumentos e concludentes provas históricas?

Com certeza que sim. Mas o que a Esquerda menos compreende ainda é que os hediondos crimes de Hitler ou Estaline, entre outros, são-no, não apenas pelo exacto número de mortos nos Campos de Concentração Nacional-Socialistas ou Comunistas _ a determinação dos milhões é questão para historiadores _, mas, acima de tudo, pela prepotência, mais completo desrespeito pela inviolabilidade da vida humana, ódio à liberdade e absoluta negação da individualidade, sempre demonstrados. Os milhões podem implicar uma diferença de grau mas não de natureza. Por isso mesmo, independentemente dos milhões e das peregrinas decisões da União Europeia, ambos os regimes, entre outros, estão irremissivelmente condenados para todo o sempre.

E é a esta Esquerda que uma nova e certa dita Direita parece querer pagar tributo e prestar preitos de homenagem!... Tal como persiste um enigma a razão por que raio de carga de água são tanto nacional-socialismo de Hitler e o fascismo de Mussolini associados à Direita quando a origem de ambas as doutrinas radica afinal no Socialismo, exactamente no que é vulgarmente entendido como mais genuinamente de Esquerda, e, mesmo quando tal contradição se assinala, raramente se tiram as necessárias ilações?...

Enigmas!...

Mas deixemos por momentos a dicotomia Esquerda-Direita tão cara à Esquerda...

Como sabemos, existem três Regimes puros, Monarquia, Aristocracia e Democracia, e outros tantos Sistemas Económicos puros, se assim podemos dizer, Capitalismo, Socialismo e Liberalismo, podendo entre si combinar-se indiferentemente, ou seja, uma Monarquia tanto pode ser socialista, como capitalista, como liberal, assim sucedendo com os restantes regimes.

A Esquerda, presa do pensamento dicotómico ou dialético, próprio do pensamento pueril e ingénuo, não vai além da oposição entre capitalismo e socialismos, sem compreender, como capitalismo e socialismo não são senão como duas faces de uma mesma moeda, distinguindo-se, nas palavras de Von Mises, por os possidentes se tornarem poderosos, no primeiro caso, e os poderosos, possidentes, no segundo. No mais, mais talvez se aproximem do que se afastem.

Cousa distinta, o Liberalismo _ mas isso é mais difícil de compreender.

Entretanto, a nova dita Direita, presa da Esquerda, como Direita que à Esquerda convém, para usar expressão consagrada, presa está do mesmo pensamento pueril e ingénuo _ e hoje, tudo o que temos, sob o ponto de vista político, são discussões sobre graus de socialismo. Nada mais. Sob ponto de vista político e até sob outros pontos de vista, como o ponto de vista cultural, mas deixemos por agora essa questão porque, entretanto, o que sucede é estarmos a caminhar, mais ou menos alegremente, para o abismo, na expressão de Heidegger, para uma quase irremissível desolação do mundo. Mas não é necessário que assim seja, se houver uma nova dita Direita que entenda que há mais mundos além da estreita dicotomia Esquerda-Direita, pela Esquerda imposta, definida e determinada."