Os Pilares da Oligarquia
O regime oligárquico que nos explora, mais ou menos desde o 25 de abril, tem assentado o seu poder em três pilares:
1. Uma Banca Domesticada - comprada pelo financiamento dos grandes investimentos públicos, pelo financiamento do défice do Estado, pela colocação de ex-governantes em lugares chave.
2. Uma Opinião Pública Controlada - através do gigantesco investimento em publicidade pelas instituições ligadas ao Estado, junto da Comunicação Social, sobretudo daquela que é mais visível e mais influente, a televisão e os principais jornais, e auto-controlada pela influência na nomeação das chefias dos principais órgãos de comunicação, que culminou escandalosamente com a actuação do ex-PM José Sócrates.
3. Uma Função Publica Subserviente e amansada por privilégios - que os outros portugueses não tem, nem sonham ter, desde a segurança do emprego até aos seguros de saúde, passando pelos horários de trabalho, a ausência de avaliação, a progressão automática na carreira, e sobretudo uma garantia de salário sempre superior ao que se encontra no privado.
A falência do Estado veio pôr em causa o primeiro pilar. Em breve os bancos a operar em Portugal serão todos estrangeiros, com uma dimensão que os torna mais ou menos imunes à pressão dos sucessivos governos, e ainda bem. Só os políticos se poderão queixar. Já o fazem aliás.
O segundo pilar é o mais fácil de manter, tanto mais que existe uma apetência generalizada da classe jornalística para se deixar influenciar pelas ideias de progresso, igualdade e fraternidade tão caras aos tribunos populistas. Como as demais categorias profissionais ditas "intelectuais", os jornalistas também sentem que o seu contributo para a sociedade não é suficientemente reconhecido pelo mercado, ou pela sociedade de consumo. Essa revolta é patente em todos os artigos de opinião quando se abordam temas relacionados com a mão invisível, cuja própria existência todos recusam reconhecer.
O governo actual está a tratar exemplarmente do terceiro pilar, ciente que é aí que se ganham, ou perdem, as maiorias que lhes permitem manter o status quo, e a sua posição de actor privilegiado. Não é expectável que a médio prazo possa haver alterações a este regime oligárquico que tão bem tem servido muitas dezenas de milhares de portugueses, a não ser que uma próxima falência do Estado, nos traga a todos turbulências imprevisíveis.
1 Comments:
At 12:15 da tarde, fernando said…
Talvez seja de acrescentar o "tampo de banco". Tem nome e tem uma função de manter tudo como está, sem propor mudar o que quer seja, alimentando tudo o que o suporta.
Tem nome, tem carisma e tem lutado desde o dia em que foi eleito para se reeleger.
Com selfies e bolos, tem enganado os tolos...
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