Quarenta anos de socialismo: um resumo exemplar
O
texto que segue não é da minha autoria mas sim de um comentador
deste blog, com experiência de vida suficiente para testemunhar o
que escreveu. Se o mesmo autorizar publico o nome.
( Aditamento em 11-3-14: o autor do texto é Manuel Alves)
Como me parece interessante o estudo, que levou mais de uma dúzia de páginas A4, coloco-o aqui, para ser lido com calma. É por isso mesmo um texto longo mas que se lê bem.
Quatro décadas para construir e quatro décadas para destruir Portugal
( Aditamento em 11-3-14: o autor do texto é Manuel Alves)
Como me parece interessante o estudo, que levou mais de uma dúzia de páginas A4, coloco-o aqui, para ser lido com calma. É por isso mesmo um texto longo mas que se lê bem.
Quatro décadas para construir e quatro décadas para destruir Portugal
(Duas
Listas para comparar e meditar)
O
presente texto tem como propósito confrontar, de forma muito
aligeirada, as realizações efectuadas pelos dois últimos Sistemas
de Governação que ocorreram em Portugal: O Estado Novo e
a Democracia, cada um em actividade durante,
aproximadamente, quatro décadas.
Durante
o tempo do Estado Novo, houve uma Geração
de Portugueses competentes, respeitadores da Lei e
da Ordem e dos interesses do Bem Público que, em pouco mais
de quatro décadas de trabalho árduo, deixaram a Nação
portuguesa praticamente íntegra de seu território e nela implantada
uma Obra imponente onde, pouco ou nada de
semelhante existia.Acrescente-se ainda que toda essa Obra foi
integralmente paga com dinheiro português.
Ao
recordar apenas algumas das muitas realizações dessa época ímpar,
presta-se uma singelíssima homenagem àqueles que, sob a égide e
determinação do Doutor António de Oliveira Salazar, souberam
erguer essa Obra tão positivamente valiosa, vasta e
profunda que se destaca, pelo contraste, daquela que
imediatamente a antecedera e da que lhe sucedeu, em períodos de
tempo comparáveis.
Para
dar testemunho desse contraste apresenta-se, em
primeiro lugar, uma “reduzida” Lista de algumas
parcelas da Obra do Estado Novo, concebidas,
erigidas e totalmente apetrechadas, nesse período. Tais Obras,
verdadeiros motores de Progresso e Bem – estar do Povo Português,
foram executadas recorrendo, sempre que possível, a materiais,
mão-de-obra e “saber fazer” de origem nacional, por pessoas
responsáveis que não pactuaram com esbanjamentos criminosos nem
graves omissões e, uma vez terminadas, prestavam publicamente contas
de todas as despesas feitas.
Em
seguida, com desprazer, apresenta-se uma outra “pequena”
Lista de “Obras” e situações que têm vindo a
ocorrer, nas quatro décadas posteriores ao fim do
regime do Estado Novo. Do confronto desta Lista com a
anterior, fácil se torna ajuizar das consequências dos actos de
gestão daqueles que tiveram e têm a responsabilidade de governar
Portugal, durante ambos os períodos.
De
1930 a 1974 , Obra efectuada na Região de Lisboa:
1) Construção
de Bairros Sociais.
(Arco
do Cego; Madre de Deus; Encarnação; Caselas; Alvalade; Olivais;
Bairros para Polícias).
2) Construção
do Aeroporto Internacional da Portela.
3) Construção
do Aeroporto Marítimo de Lisboa.
(Hoje
extinto. Na Doca dos Olivais está actualmente instalado o Oceanário
de Lisboa).
4) Construção
do Instituto Superior Técnico.
5) Construção
da Cidade Universitária de Lisboa.
(Faculdade
de Direito, Faculdade de Letras, Reitoria, Cantina e o Complexo do
Estádio Universitário).
6) Construção
do novo Edifício da Escola Técnica Industrial Marquês de Pombal.
7) Construção
do Liceu Filipa de Vilhena, no Arco do Cego.
8) Construção
da Escola Técnica elementar Francisco de Arruda e mais
oito similares.
9) Construção
da Escola Comercial Patrício Prazeres.
10) Construção
da Biblioteca Nacional.
11) Construção
do Instituto Nacional de Estatística.
12) Construção
do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
13) Construção
do Edifício do Ministério das Corporações e Previdência Social.
(Hoje
Ministério do Trabalho).
14) Construção
do Metropolitano de Lisboa.
(As
primeiras 20 Estações).
15) Construção
da Ponte Salazar.
(Incluindo
os respectivos acessos).
16) Captação
e condução, para Lisboa, das águas do vale do Tejo.
(Comemorada
com a construção da Fonte Luminosa na Alameda Afonso Henriques).
17) Plantação
do Parque Florestal de Monsanto.
18) Construção
do Estádio Nacional (no Jamor) e alguns dos seus Anexos.
19) Construção
do Estádio 28 de Maio.
20) Construção
do Laboratório Químico Central do Instituto Superior de Agronomia.
21) Construção
do primeiro troço da Auto-estrada da Costa do Estoril.
22) Construção
do troço de Auto-estrada Lisboa a Vila Franca de Xira.
23) Construção
do Hospital Escolar de Santa Maria.
24) Construção
do actual Edifício do Instituto Ricardo Jorge.
(Incluindo
o arranjo paisagístico da área envolvente).
25) Construção
do Instituto de Oncologia.
26) Construção
do Hospital Egas Moniz.
27) Assistência
Nacional aos Tuberculosos.
(Criada
ainda na época da Monarquia e com sede em Lisboa foi, durante o
Estado Novo muito ampliada, pela instalação de vários Sanatórios
e criação de dezenas de Postos de atendimento espalhados por todo o
território; alguns feitos de raiz e todos equipados com os meios
humanos e materiais adequados; tornaram assim possível, a
obrigatoriedade do rastreio anual às populações do Comércio, da
Função Pública e Estudantil. Daqui resultou uma forte e efectiva
regressão, para valores mínimos, do número de pessoas infectadas
pelo bacilo).
28) Electrificação
da linha do Estoril.
29) Exposição
do Mundo Português.
(Permitiu
a criação da Praça do Império, hoje a Sala de Visitas de
Lisboa. Nela se destacam as zonas ajardinadas, a Fonte Luminosa,
o Museu de Arte Popular, o Espelho de Água e o Monumento aos
Descobrimentos).
30) Construção
e regularização da Estrada Marginal, Lisboa - Cascais.
31) Criação
da Emissora Nacional de Radiodifusão.
(Incluindo
a criação da unidade de Porto Alto e o Centro de Preparação de
Artistas da Rádio, de onde saíram muitos dos Cantores e
Apresentadores portugueses de renome).
32) Criação
da Radiotelevisão Portuguesa.
(Incluindo
montagem das antenas retransmissoras necessárias à cobertura de
todo o Território).
33) Criação
da Companhia Aérea de bandeira (TAP).
(Incluindo
a criação das Oficinas de Manutenção de Aeronaves, famosas em
todo o Mundo).
34) Construção
da Nova Casa da Moeda.
35) Construção
do Edifício Pedro Álvares Cabral.
(Destinado
à Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau. Hoje abriga o
Museu do Oriente).
36) Criação
da Junta Nacional do Vinho e construção do respectivo Edifício.
(Hoje
sede do Instituto da Vinha e do Vinho, IP).
37) Construção
do Palácio da Justiça de Lisboa.
38) Construção
do Edifício da Polícia Judiciária.
39) Construção
das Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde Óbidos.
40) Regularização
integral do Parque Eduardo VII e construção da Estufa Fria.
41) Construção
de vários Mercados Municipais.
(Dois
exemplos apenas: Campo de Ourique e Arroios, este, na altura da sua
construção, foi considerado o melhor de Portugal).
42) Construção
da Feira das Indústrias.
(Na
Junqueira; hoje Centro de Congressos).
43) Construção
do Palácio das Comunicações.
(Na
Praça D. Luiz. Hoje nomeado “Central Station”, está destinado
ao Empreendedorismo e à Criatividade).
Obra
efectuada por toda a área Continental e Ilhas Adjacentes:
44) Criação
de várias Escolas do Magistério Primário.
45) Construção
das Escolas Primárias do Plano dos Centenários em quase
todas as Freguesias do País e criação de Cantinas Escolares,
adstritas a muitas delas.
(Em
duas décadas, 1930/1950, passou a taxa de analfabetismo, em valores
aproximados, de 73% para 20,3% ; em 1957, apenas menos de 1% das
crianças, em idade escolar, não recebia instrução).
46) Criação
dos Liceus Nacionais e dos Liceus Normais (Masculinos e
Femininos), em todas as capitais de Distrito e
dezenas de outros Liceus e Escolas Secundárias, espalhados por todo
o País.
47) Criação,
ampliação e apetrechamento de cerca de quarenta Escolas
Comerciais e Industriais, Escolas de Artes Decorativas e Escolas de
Regentes Agrícolas.
48) Construção
da Escola Náutica Infante D. Henrique.
(Em
Paço de Arcos - Oeiras).
49) Construção
da Cidade Universitária de Coimbra.
(Novos
edifícios: Faculdade de Medicina, Faculdade de Letras, Faculdade de
Ciências, Biblioteca Geral, Observatório Astronómico, Estádio
Universitário, Complexo da Cantina onde, para além de uma excelente
e moderna Cantina, se inclui a Escadaria Monumental, o Teatro Gil
Vicente e as instalações da Associação Académica e ainda todo o
reordenamento urbano da Alta).
50) Construção
do Hospital Escolar de S. João.
(No
Porto; Edifício idêntico ao do Hospital Escolar de Santa Maria, em
Lisboa).
51) Criação
da Estação Agronómica Nacional.
(Sacavém/Oeiras).
52) Criação
da Estação Nacional de Melhoramento de Plantas.
(Em
Elvas).
53) Criação
do Laboratório de Física e Engenharia Nuclear.
(Na
Bobadela – Sacavém, para onde se adquiriu e instalou um reactor
atómico de investigação. Portugal tornou-se, então, o 35º País
do Mundo, a dispor de tão moderno equipamento científico).
54) Construção
do Aeroporto de Pedras Rubras.
(No
Porto – Maia, hoje ampliado e com o nome de Francisco Sá
Carneiro).
55) Construção
da Ponte da Arrábida.
(No
Porto).
56) Construção
da Ponte Marechal Carmona.
(Em
Vila Franca de Xira).
57) Construção
dos Aeroportos das Lajes e de Santa Maria.
(Nos
Açores; com comparticipação estrangeira).
58) Construção
do Aeroporto do Funchal (primeira fase).
59) Construção
dos principais aproveitamentos hidroeléctricos nacionais,
concretizados em dezenas de Grandes Barragens.
(Por
exemplo os sistemas do Rabagão, Cávado, Douro, Mondego, Zêzere e
Tejo, incluindo a construção e ampliação, por todo o território,
de Subestações e da Rede Nacional de distribuição de
electricidade, em todos os escalões).
60) Construção
de inúmeras Obras de Hidráulica onde se incluíram dezenas de
Barragens de médio porte para regadio e, nalguns casos, também para
a produção hidroeléctrica.
(Incluindo
a construção de centenas de km de canais de regadio, secagem de
pântanos, protecção das margens e correcção de alguns cursos de
rios, por todo o Território Nacional).
61) Construção
de mais de 240 Pontes e Viadutos e ainda maior número de Pontões.
(Já
mencionadas três pontes, itens 15, 55 e 56, mas podemos acrescentar
ainda, só a título de exemplo, o Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa,
a Ponte de Santa Clara em Coimbra; a Ponte sobre o Douro em Barca
d’Alva; Pontes de Entre-os Rios, de Chaves, de Santa Clara – a -
Velha no Concelho de Odemira, da foz do Dão - hoje submersa, etc.,
etc.).
62) Melhoria
geral da rede Rodoviária Nacional.
(Em
30 anos apenas, entre Estradas Nacionais, Municipais e Caminhos em
construção integral - com terraplanagens, pavimentações e
reparações - o País foi enriquecido com mais de 21 600 km de Vias
de Comunicação).
63) Melhoria
geral de toda a Rede Ferroviária Nacional.
(Renovação
parcial da via e das viaturas de passageiros e mercadorias; melhoria
das passagens de nível, da sinalização, das comunicações
telegráfica e telefónica entre Estações e completa modernização
de todas as Estações de Caminho de Ferro).
64) Ampliação
e renovação, em todo o território, da Rede Telefónica Nacional.
(Incluindo
também a melhoria geral de outros serviços de Telecomunicações:
Telegrafia e TSF).
65) Construção
de cerca de duzentas Estações de
Correios.
66) Construção
generalizada, por todo o País, de Redes públicas de abastecimento
de água potável e Redes de saneamento.
(Iniciou-se
nesta época, a construção das primeiras ETAR, em alguns
Concelhos).
67) Execução
de inúmeras Obras Portuárias por todo o Litoral português.
(Leixões,
Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Sesimbra, Sines, Algarve, Madeira e
Açores; menciona-se, por exemplo a construção de alguns esporões
de protecção da costa, a construção e apetrechamento dos Portos
de mar e Molhes, incluindo dragagens; construção de Cais, Docas,
edifícios para as Capitanias, Lotas e ainda o apetrechamento dessas
instalações com toda a espécie de equipamentos usados na
movimentação e armazenagem portuária).
68) Criação
das Bases aéreas.
(Ota,
Montijo, Monte Real, Beja, etc. incluindo a aquisição no
Estrangeiro de um vasto conjunto de aeronaves e equipamentos afins e
a criação das OGMA, verdadeira escola de Mecânica fina de elevada
qualidade, totalmente dedicadas à Construção e Manutenção de
Aeronaves militares).
69) Renovação
da Base naval da Marinha.
(No
Alfeite; simultaneamente Escola Naval e Estaleiro de construção e
reparação Naval onde se construíram e repararam várias dezenas de
vasos de guerra de toda a espécie).
70) Aquisição
do Navio Hospital “Gil Eanes”.
(O
segundo deste nome, o qual constituíu um apoio inestimável à Frota
Bacalhoeira).
71) Criação
das Casas do Povo e das Casas dos Pescadores.
(Incluindo
a construção de centenas dos respectivos edifícios).
72) Construção
de novos Hospitais e Sanatórios e beneficiação dos antigos.
(Apenas
dois exemplos, dos muitos construídos por todo o País: a construção
do Hospital Rovisco Pais – Leprosaria - na Tocha com dezenas de
edificações espalhadas por uma área total de 110 ha, aproveitando
integralmente uma doação do grande benemérito; construção do
Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid - próximo de Coimbra - com 15
edifícios espalhados por uma área de 10 ha).
73) Criação
e implantação do Plano de colonização interna.
(Permitiu
grandes desenvolvimentos agrários em várias zonas do País, quase
desabitadas e improdutivas. Um exemplo: Pegões, onde se aproveitou
também uma doação do benemérito Rovisco Pais. Todos os colonos
recebiam gratis, para além de uma casa de habitação, terreno para
cultivar, sementes, algumas alfaias agrícolas e apoio pecuniário
nos primeiros anos de instalação).
74) Construção
de dezenas de Palácios da Justiça, de Casas dos Magistrados e
remodelação de muitos Tribunais.
75) Construção
de diversos Edifícios Prisionais, Prisões – escola e Residências
de Guardas Prisionais.
76) Construção
das Centrais Termoeléctricas do Carregado e do Funchal.
77) Contam-se
por muitas centenas, as obras de recuperação efectuadas em
Castelos, Igrejas e Catedrais, Museus e outros Edifícios e
Monumentos Nacionais, Parques e Jardins.
(Um
pouco por toda a parte incluindo, geralmente, também as respectivas
áreas envolventes.
De
referir ainda a construção de dezenas de Estátuas, Bustos e outros
Monumentos evocativos de Grandes Portugueses e Assuntos Pátrios
notáveis, que hoje adornam muitos locais públicos).
78) Construção
e guarnição dos Postos de Controlo Fronteiriço e Alfandegário ao
longo de toda a Fronteira terrestre e junto aos Portos de mar e
Aeroportos.
79) Construção
de diversos Silos, de grande capacidade, para o armazenamento de
cereais.
80) Construção
de diversos Quartéis de Bombeiros.
81) Construção
de diversos Mercados Municipais.
82) Construção
de mais de uma centena de Bairros
Sociais por todo o território.
83) Construção
de mais de uma dezena de Edifícios dos Paços do Concelho e
construção do edifício da Junta Geral do Distrito Autónomo do
Funchal.
(Complementarmente,
quase todos edifícios dos Paços do Concelho existentes foram
remodelados ou ampliados).
84) Criação
dos “Livros únicos” para os Ensinos Primário e Secundário.
(Esta
medida proporcionou grandes economias às Famílias portuguesas da
época. Mais de 60 anos passados, após a primeira edição dos três
primeiros Livros de Leitura do Ensino Primário, eles continuam a ser
procurados nas sucessivas edições que o mercado reclama, porque a
sua inegável qualidade, os mantêm valiosos e úteis).
85) Criação
das Pousadas de Portugal.
86) Criação
da FNAT.
(Hoje
INATEL).
87) Construção
de diversas Colónias de Férias para crianças.
(Em
Viana do Castelo e na Gala – Figueira da Foz , para só citar
duas).
88) Construção
do “Portugal dos Pequeninos”.
(Em
Coimbra; uma obra muito apoiada pelo Dr. Bissaya Barreto)
89) Construção
da Creche/Infantário Ninho dos Pequeninos.
(Em
Coimbra; uma obra muito apoiada pelo Dr. Bissaya Barreto)
90) Construção
de diversas Casas da Criança.
(Espalhadas
pela Região Centro e também sugeridas e apoiadas pelo Dr. Bissaya
Barreto).
91) Instituição
do ABONO DE FAMÍLIA, para todos os
filhos de pais assalariados.
92) Instituição
da ADSE.
93) Aplicação
efectiva e geral da Semana de Trabalho de 48 horas.
94) Construção
de vários Quartéis militares.
(Por
exemplo, Adidos da Força Aérea no Lumiar, Lisboa – hoje Hospital
da Força Aérea, Comandos na Amadora, Caldas da Rainha, Viseu,
Braga, etc.). De salientar também a ampliação e remodelação dos
edifícios e apetrechamento de todos os Quartéis já existentes
incluindo até, em alguns casos, a construção de habitações para
Oficiais e Sargentos e suas Famílias).
95) Desenvolvimento
e apetrechamento sofisticado da Manutenção Militar, dos Hospitais
Militares, do Laboratório e Farmácia Militar e também das Fábricas
de Armas, Munições e Explosivos militares.
(O
fabrico nacional de variado material de guerra, de veículos
específicos, navios para a Armada e até de aeronaves, veio permitir
o desenvolvimento de capacidades e tecnologias muito avançadas para
a época tornando assim possível, a exportação de produtos de alto
valor acrescentado: Fábricas em Braço de Prata, Moscavide,
Bracarena, Oeiras, Tramagal, Alverca, etc.).
De
referir aqui, igualmente, o esforço continuado, ao longo dessas
quatro décadas, para melhorar e modernizar o Ensino e o
Treino militar: Academia Militar, Escola Naval, Academia da Força
Aérea, Navio Escola Sagres, Escolas de Pilotagem de Aviões -
Aveiro, Sintra, Ota - Escolas de Fuzileiros Navais, Marinheiros,
Pára-quedistas, Infantaria, Artilharia, Comandos, etc.: Vale de
Zebro, Vila Franca de Xira, Mafra, Tancos, St.ª Margarida, Lamego).
96) Acolhimento
fraterno e seguro, prestado pelo Estado Português a inúmeros
refugiados de guerra.
(Entre
os quais se destaca o Sr. Caloust Gulbenkian que, em agradecimento
desse bom acolhimento e segura protecção, dotou adequadamente a
Fundação que tem o seu nome, a qual tanto tem ajudado e cultivado
sucessivas gerações de Portugueses, há mais de cinco décadas a
esta parte, nos mais diversos ramos do Saber, da Arte e da Cultura).
97) Concessão,
pelo Estado Português, de apoios diversificados a muitos dos
investidores privados nacionais e estrangeiros (grandes e pequenos)
que, pelas suas iniciativas, criaram ou desenvolveram empreendimentos
de vulto e dos quais resultou Pão, Trabalho, Formação, Segurança
e Apoio a milhares de famílias portuguesas, apoio traduzido na
criação de Bairros operários, Escolas, Creches, Cantinas, Postos
Médicos, Colónias de Férias, Clubes de Futebol, Serões para
Trabalhadores, etc.
(Exemplos
de Organizações e Indústrias então criadas, desenvolvidas ou
introduzidas em Portugal: Siderurgia Nacional, Cuf, Lisnave,
Setenave, Mague, Sorefame, Cometna, Fundições, Carris, Duarte
Ferreira - Tramagal, Indústrias de Camionagem, de Montagem de
Automóveis, Autocarros e Camions, Fabrico de Pneumáticos e
Componentes mecânicos para Automóveis, Sacor, Cimenteiras,
Construtoras Civis, Casa do Douro, Têxteis da lã e do algodão,
Confecções, Fabrico de Fardamento Militar, Curtumes, Calçado e
Chapelaria, Fósforos, Cordoaria, Agro-Alimentar, Indústria
Conserveira, Moagem de cereais, Nestlé, Indústria Vidreira,
Indústria Cerâmica, Philips Portuguesa, Standard Eléctrica,
Siemens, Efacec, Indústrias de Cabos Eléctricos e de Motores
eléctricos, Indústrias do Papel, Exploração Mineira, Indústria
Farmacêutica, Companhias de Navegação, Grandes empreendimentos
Hoteleiros e tantas mais).
Quando
alguém diz que tudo isto foi feito à custa da exploração
ultramarina, esta é a resposta:
E
os Povos de lá, não ficaram a dispor de uma Língua
Universal, um bem inestimável?
Não
ficaram milhões de indivíduos autóctones com Cursos
escolares primários, Cursos médios e Cursos
universitáriosministrados não só na Metrópole mas também por
todo o Ultramar, pagos pelo Erário Público Português?
E
o que lá ficou edificado?
Não
ficaram todas as Províncias Ultramarinas, nomeadamente Angola e
Moçambique, dotados de dezenas de CIDADES COMPLETAS, onde
se incluíam toda a espécie de Edifícios habitacionais e Edifícios
administrativos, Mercados Municipais, Redes completas de
abastecimento de águas e electricidade, Redes de efluentes, Escolas
primárias, Liceus, duas Universidades, Hospitais, Quartéis e várias
outras instalações militares e até Estádios de Futebol e unidades
completas de Radiodifusão, pagos pelo Erário Público
Português? (Tudo isto feito com Qualidade, convenientemente
apetrechado e a funcionar regularmente).
Não
ficaram disseminadas pelos territórios, muitas Pontes e Viadutos,
Barragens grandiosas e grandiosas redes de distribuição eléctrica
(Cambambe e Cabora Bassa, por exemplo), inúmeras Estradas, Linhas de
Caminhos de Ferro incluindo todo o material circulante, Portos de mar
e modernos (à época) Aeroportos e Aeródromos, pagos pelo Erário
Público Português? (Tudo isto feito com Qualidade,
convenientemente apetrechado e a funcionar regularmente).
Para
quem recebeu um País rural, quase analfabeto, na Bancarrota e numa
agitação política e social tremenda, que atravessou as épocas
difíceis da Guerra Civil de Espanha e da 2ª Guerra Mundial, que
teve de enfrentar a Guerra do Ultramar em três frentes; que após a
sua governação deixou o País sem dívidas, A
CRESCER, EM MÉDIA, A MAIS DE 6% AO ANO, na última década da sua
governação, que até devolveu integralmente o dinheiro recebido de
empréstimo do Plano Marshal, que deixou em cofre 50*
milhões de contos de réis em divisas e quase 866** toneladas
de ouro nas reservas do Estado, é Obra! (fontes:
* Blogue: “O Adamastor”; **Blogue: The Bests”).
Comparemos
a Lista anterior com a Lista de algumas das realizações do período
posterior de outros 40 anos, dito da LIBERDADE e da DEMOCRACIA:
De
1974 e 2014, os Governantes deste período de
tempo, conseguiram:
1)
Levar o País a TRÊS (3) Bancarrotas.
Como
consequência de desgovernos. Atente-se, por exemplo, às excessivas
despesas feitas por todos os Órgãos de Soberania, acrescidas das
vultosas Subvenções concedidas, quer aos Partidos Políticos
representados na Assembleia da República, quer às centenas de
Fundações (nascidas como cogumelos).
Acrescentem-se
também, os custos da Gestão das inúmeras Empresas Públicas e
Organismos afins entretanto criados.
Todas
estas despesas deviam ser sempre um exemplo de contenção e
parcimónia mas, afinal, consomem quantias fabulosas, impensáveis
num País de poucos recursos como é Portugal.
2) A
destruição massiva do emprego.
Actualmente há,
oficialmente, 700 000 portugueses desempregados ou seja uma
taxa de desemprego acima dos 16% (em 2013) e muitos
mais haveria se não tivessem emigrado aos milhares!
Isto
é o resultado da progressiva destruição do tecido empresarial
nacional.
Vamos
assistindo, por todo o País, ao definhar:
-
Da Agricultura: pela importação de bens
alimentares que antigamente se produziam internamente, pelo abandono
das terras e das explorações pecuárias por falta de rentabilidade,
pelos pavorosos incêndios florestais anuais e até já houve
incentivos para arrancar árvores e para não semear, etc.
-
Das Pescas: com incentivos à venda e abate de
embarcações e de licenças de pesca.
-
Da Indústria e do Pequeno Comércio em
geral, com falências e encerramentos de Empresas, às centenas,
devido a diversos e graves factores; destes destacamos alguns pelos
quais o Estado é responsável: a Justiça cara e morosa, a
Legislação em constante mudança, o forte aumento dos impostos e
das rendas de casa, a redução da procura interna e, recentemente, a
importação massiva dos mais diversos artigos de origem oriental.
Mais
de 85% das famílias portuguesas têm hoje, um ou mais elementos
desempregados, pois as leis entretanto promulgadas facilitam
o despedimento rápido, quase sob qualquer pretexto e com encargos
reduzidos para a entidade patronal. Mesmo assim, nem sempre se
respeita a lei.
Hoje 434
800 jovens, dos 15 aos 32 anos, nem estudam nem trabalham –
são a chamada Geração “nem-nem”; (fonte: Público “on-line”
24/11/2013).
Porém,
em 1974, existiam SETENTA E UMA (71) empresas portuguesas com mais de
1000 empregados.
Hoje
contam-se apenas DUAS (2); (fonte: INE).
3) A
destruição do Ensino em geral.
É
confrangedora a média negativa das classificações obtidas
actualmente nos Exames Nacionais para o Ensino Médio e confrangedora
é a ignorância evidenciada por muitos licenciados e estudantes
universitários, em questões simples de Cultura Geral, nomeadamente
na Língua Portuguesa escrita e falada, História e Geografia de
Portugal e na História e Geografia Universais. (Vejam-se, por
exemplo, os concursos sobre Cultura Geral, na RTP).
O
encerramento de inúmeras Escolas, a introdução de métodos
pedagógicos de qualidade duvidosa (ensino da Matemática por
processos “inovadores”, uso de Computadores no Ensino Básico,
etc.) e a concentração dos alunos em colmeias escolares
afastando-os do seu ambiente familiar, tudo isto tem originado a
diminuição da qualidade do Ensino, o aumento do abandono escolar e
constitui mais um factor que contribui para a desertificação do
território interior nacional, já de si bastante acentuada.
Cabe
ainda aqui referir, o enorme desinvestimento feito no ensino da
Língua Portuguesa que se estende até aos descendentes dos nossos
Emigrantes, pelo despedimento de dezenas de professores contratados
para dar aulas aos seus filhos.
Em
contraponto, está em curso o projecto de ensinar em Portugal o
idioma inglês, nas escolas oficiais do Ensino Básico, às
crianças portuguesas que ainda mal conhecem a Língua Mãe e a sua
Gramática. (Escolas oficiais há, onde até já se ensina Mandarim
(!) a crianças de 8-10 anos…).
Igualmente
grave é o facto de nada ser feito pelas Autoridades para reduzir a
péssima influência a que a Juventude está hoje sujeita, não só
pelo abuso da Diversão Nocturna, mas também dos frequentes Eventos
“culturais” alienantes, fontes de graves licenciosidades e dos
piores vícios.
Daqui
resulta que, muitos dos Homens e Mulheres de Amanhã, não adquirem
hábitos de trabalho e não praticam o respeito por si próprios nem
pelo seu semelhante.
Além
disso estão completamente alheios ao sentimento do amor à Pátria,
por desconhecimento do que é e foi Portugal e tão-pouco têm ideia
do papel que pretendem desempenhar na futura Sociedade que os espera.
Atente-se,
por exemplo, ao que dizem e fazem muitos Jovens em eventos tais como:
Festivais musicais, Jogos de Futebol, Praxes académicas e na praga
dos omnipresentes “Grafitti” em paredes, no mobiliário urbano,
nos Autocarros de transportes públicos, no Metro, nos Comboios, etc.
Contrariar
as más tendências dessa parte significativa da Juventude, deveria
ser tarefa não só das respectivas Famílias mas também dos
Governos que realmente quisessem preparar o Futuro; como isso parece
não acontecer entre nós, está gravemente posta em causa a Nação
portuguesa enquanto nação livre, próspera e perene.
4) Mandar
efectuar a remodelação de Escolas.
Esta
decisão (considerada publicamente por uma Ministra da Educação,
como tendo sido “uma grande festa!”) fez despesas enormíssimas
mas, em muitos casos, as Obras ficaram suspensas a
meio, por falta de verbas. (Como, por exemplo, na Escola
António Arroio em Lisboa, onde não existe, há mais de um
ano, um Refeitório; isto obriga a que os Alunos e as Alunas
tomem as suas refeições diárias tendo por mesas e
cadeiras o chão da calçada, nas Ruas e nos Passeios
fronteiros à Escola ou em Cafés e esplanadas das redondezas).
Consta
que as despesas na recuperação dos edifícios das
escolas derraparam para mais do triplo - de 940
milhões de euros para 3.168 milhões - e a requalificação
de algumas das 205 escolas que então tinham sido
intervencionadas custou 30 mil euros por aluno.
Escolas
há, cujas Obras recentes de remodelação foram executadas com tão
fraca qualidade, que deram origem a muitas reclamações e à
necessidade de despesas adicionais avultadas, para efectuar
as respectivas correcções - mais de Trinta Milhões de euros (!)
- segundo os Jornais.
Entretanto,
noutros Estabelecimentos de Ensino, permitiram-se gastos
exorbitantes, não só com a aquisição de Obras de Arte, mas também
com o uso de materiais de construção muito nobres, tudo
perfeitamente desnecessário e despropositado.
A
par destes desconcertos assiste-se, por todo o território nacional,
ao encerramento de diversos Serviços, indispensáveis às populações
envelhecidas e isoladas.
Tais
Serviços foram criados para benefício e comodidade do Povo e,
muitas vezes, instalados em edifícios próprios feitos de raiz e
noutros casos em edifícios melhorados com obras recentes; citamos,
por exemplo: alguns Hospitais em Lisboa, Centros de Saúde,
Correios, Escolas, Repartições de Finanças, Tribunais, Postos da
GNR, etc.
Tudo
isto vem causando os mais diversos prejuízos e incómodos às
populações, extensivos até aos Emigrantes portugueses, com o
encerramento de vários Consulados de Portugal no Estrangeiro.
5) Dotar
o País com diversas Auto-estradas.
Algumas
são redundantes (!) e outras de interesse muito duvidoso (visto
registarem tão reduzido tráfego que nem sequer geram receita para
custear a respectiva manutenção).
Tanto
as Auto-estradas como outras obras, nomeadamente Pontes diversas,
foram parcialmente construídas com dinheiro de empréstimos
avalizados pelo Estado, ficando muitíssimo onerosos para a presente
e futuras Gerações de Portugueses.
Portugal
tem hoje, quatro vezes mais quilómetros de Auto-estrada, por
habitante, do que o Reino Unido e mais 60% do que a Alemanha! (fonte:
Semanário “O Diabo”).
Ainda
a referir que se construíram, durante as últimas quatro décadas,
uma quantidade inimaginável de Rotundas Rodoviárias,
disseminadas por toda a parte, sendo que, só no Município de Viseu
(507 km quadrados) atingem o número de 197 (!). Pergunta-se:
todas necessárias?
6) Dotar
o País com Dez (10) Estádios de Futebol.
Vários
destes Estádios estão economicamente insolventes e um deles, pelo
menos, com dívidas por saldar que se arrastam desde a sua construção
(2004); outros estão inacabados e quase todos com fraca utilização
ao longo do ano.
O
mesmo se passou com a construção do Pavilhão de Portugal na Expo
98 e, por todo o País onde se levantaram Pavilhões
gimno-desportivos, Bibliotecas e Piscinas, muitas destas unidades tem
reduzido uso e algumas estão encerradas e em degradação.
Construíram-se
também dezenas de Parques Industriais, um pouco por
todo o País, muitos deles pouco produtivos e com edifícios
encerrados.
Dotar
o País de inúmeras “Obras Artísticas”, pagas pelo
Erário Público “a peso de ouro”, quase todas desnecessárias e
de gosto muito duvidoso. (Apenas três exemplos: uma no topo Norte do
Parque Eduardo VII em Lisboa, outra junto às Portagens da Ponte
Vasco da Gama e até um “filme” que deixa os espectadores sem
imagens, durante quase todo o tempo da sua exibição (!). Só nestes
três exemplos, no seu conjunto, o custo final terá rondado, pelo
que foi escrito nos jornais da época, na moeda actual, o equivalente
a 1 Milhão e quatrocentos mil euros!).
Dotar
a cidade de Beja com um Aeroporto Internacional, que
funciona nalguns fins-de-semana!
Dotar
o País de variadas Construções e Equipamentos,
cujos orçamentos foram sempre largamente excedidos,
tendo desaparecido dinheiros que até, nalguns casos, originaram
Processos-crime em Tribunal. (Exemplos: Expo 98, Metropolitano de
Lisboa, Casa da Música e Casa do Cinema no Porto, Centro Cultural de
Belém em Lisboa, etc.).
Também
o Estado Português encomendou inúmeros pareceres
jurídicos e estudos, com custos elevadíssimos e utilidade
duvidosa, como os efectuados para o novo Aeroporto de Lisboa e para o
TGV. Relativamente a este último, as obras foram iniciadas e, em
seguida, mandadas suspender pelo Estado; as empresas envolvidas
reclamam agora grandes indemnizações pelos prejuízos decorrentes.
7) A
destruição progressiva da Família portuguesa.
Concretizada
na promoção (real ou velada) do Divórcio, do Aborto, da
homossexualidade e na Emigração dos Jovens, a maioria deles,
profissionalmente qualificados e em início de carreira. Esta
emigração foi incentivada pelo próprio Primeiro-ministro actual,
dada a sua incapacidade de criar condições para esses jovens
trabalharem no País que os viu nascer, os criou e qualificou.
O
desemprego tem forçado a Emigração de Portugueses em geral e
atinge, actualmente, cotas das mais elevadas de sempre, com a
fuga de mais de 10 mil pessoas por mês.
Portugal
tem hoje, uma das mais baixas Taxas de Natalidade do Mundo,
mas, legalmente, vem provocando, em média, mais de 43
abortos, por dia, nos últimos 7 anos! (ver
Apêndice, no final).
A desavença
conjugal cresce de dia para dia e cifrou-se em 40
homicídios de conjugues (a maioria do sexo feminino) no ano
de 2012 e 36 homicídios consumados em 2013, segundo
dados transmitidos nos telejornais.
A instabilidade
social actual conduziu Portugal ao lugar de terceiro país
da Europa onde o suicídio mais cresceu nos últimos 15 anos.
Estima-se
que, por esta via, morram mais de cinco
(5) pessoas por dia, em Portugal, conforme
revelou, em Março de 2013, um relatório europeu. (Fonte: Jornal Sol
“on line”).
Entretanto, o
Estado Português continua a subvencionar um conjunto de párias (que
de portugueses pouco ou nada terão), que não pagam impostos
directos nem jamais fizeram descontos significativos para a Segurança
Social, mas que votam, em quem os subvenciona!
Até
a Maternidade Alfredo da Costa, concluída e apetrechada no anterior
Regime, um Hospital de referência a nível europeu na especialidade,
pretendeu o actual Governo encerrar, sem primeiro dotar o País de
uma outra unidade equivalente ou melhor.
E
por carências diversas e diversas alterações, passou a ser banal e
frequente efectuarem-se partos nas bermas das estradas portuguesas,
assistidos pelos Bombeiros dentro das suas Ambulâncias (!).
A
Fome, de que foi acusado, por vezes
injustamente, o Regime do Estado Novo, aí
está, já há mais de 20 anos, a exigir a necessidade absoluta da
existência do Banco Alimentar contra a Fome com as suas 20
Delegações espalhadas por todo o País (!).
Esta
instituição distribui, anualmente, milhares de toneladas de
alimentos, doados pelo Povo Português (que ainda pode doar), para
suprir a miséria crescente nas famílias portuguesas.
Escandalosamente,
estes bens alimentares doados, não
só deram enormes lucros às Grandes Superfícies comerciais que os
venderam, mas também ao Estado Português, através da cobrança do
IVA, correspondente à transacção desses mesmos bens (!).
Apoiadas
no Banco Alimentar criaram-se dezenas de Instituições Particulares
de Solidariedade Social destinadas a dar, diariamente, toda a espécie
de assistência (alimentos, roupa, calçado, etc.), a
milhares de famílias necessitadas e também aos
“Sem-abrigo”; estes, às
centenas, espalhados pelas ruas das cidades (só na cidade de Lisboa
são mais de 800) dão uma imagem clara da Sociedade portuguesa
actual, de miséria e abandono, fruto do regime que actualmente
vigora. Esta calamidade era praticamente inexistente, durante a
vigência do Regime anterior.
8) A
destruição generalizada da qualidade e tranquilidade da vida
nacional.
Assiste-se
à “promoção” de uma sociedade multicultural, que nos avilta
todos os dias, pela permissão, sem grande controlo, da estadia de
estrangeiros indocumentados ou de qualquer forma ilegais, que por cá
se acoitam, muitos deles vivendo do crime, da prostituição e da
vida indigente.
Também
se verifica já a contaminação acentuada dos cidadãos nacionais,
cujos actos criminosos são cada vez mais graves e, alguns deles,
outrora desconhecidos entre nós.
Refere-se
o uso de armas e engenhos explosivos de guerra, engenhos artesanais
especiais, “car jacking”, raptos, sequestros, extorsões, tráfico
de crianças, assaltos com violência extrema, bárbaros homicídios,
etc.
Também,
o mau exemplo dado pela corrupção criminosa que se adivinha
em muitos sectores da Administração Central e Local e até nos
Órgãos de Soberania (!), de que a Imprensa e alguns Homens
livres têm feito eco, por não ser atempadamente bem averiguada, por
não ser reprimida e punida com severidade foi e é, também, um
forte meio conducente à ruína nacional dos dias de hoje.
As
prisões portuguesas estão sobrelotadas como nunca, apesar dos
inúmeros estratagemas que a Justiça pratica, para não prender e
manter presos, os condenados que incorreram em penas de prisão
(citam-se, as prisões domiciliárias, as penas suspensas, as
prescrições de processos de crimes (5 por dia), as saídas
da cadeia por amnistias ou após o cumprimento de 2/3 da pena, etc.).
A
população prisional ultrapassa os 14100 reclusos com
uma sobrelotação que atinge já os 16%; (fonte: DN
17/1/2014).
9) A
destruição da Soberania de Portugal.
Por
via da perda de boa parte do nosso território, da perda da nossa
moeda, da abolição do controlo fronteiriço, da aceitação oficial
acrítica de um Sistema Ortográfico cheio de absurdos que ninguém
compreende e, sobretudo, pelo depauperamento
económico resultante da nacionalização de uma Casa
Bancária falida, da perda de muitas empresas nacionais, umas total
ou parcialmente alienadas a favor de estrangeiros, outras extintas
pelas mais variadas razões, sem que se veja, da parte de quem
governa, qualquer tentativa para evitar, por algum meio, tanta
destruição.
Para
cúmulo do que atrás se diz, a Nação Portuguesa está a contrair
avultados empréstimos financeiros externos, com elevados juros, os
quais dificilmente poderão vir a ser pagos em muitas décadas, mesmo
recorrendo ao brutal agravamento geral dos Impostos e ao desvio dos
dinheiros pertencentes aos Aposentados do Estado e aos Reformados da
Segurança Social, desvios esses decretados pelo actual Governo, sob
pressão dos credores de Portugal, actuais mandantes das linhas
mestras da Política nacional, interna e externa.
10) Das
Forças Armadas quase nem vale a pena falar já que,
actualmente, após sucessivos encerramentos e alterações, para
pouco mais servem do que para mandar alguns contingentes de
mercenários para teatros de guerra, em conflitos que não nos dizem
respeito absolutamente nenhum.
Paralelamente, todas
as Forças de Segurança transpiram e manifestam, na RUA, um
preocupante mal-estar, por razões que se prendem com uma
significativa redução dos direitos que usufruíam e até dos
respectivos salários (!). Tudo isto é complementado com uma perda
significativa da sua autoridade e com a previsível redução dos
meios que lhe estão destinados, os quais são considerados
indispensáveis ao seu bom funcionamento.
CONCLUSÃO
O
período 1890 - 1930 (quatro décadas) constituiu um Calvário para
os Portugueses. Neste período ocorreram o Ultimatum Inglês, o
Regicídio e o assassinato do Príncipe Herdeiro, a queda da
Monarquia, a implantação da República e a partida do último Rei e
da Família Real, para o exílio.
Em
apenas 16 anos, a República (chamada Primeira República)
viu 45 Governos tomarem posse, decretou o
massacre de milhares de jovens na calamitosa participação na 1ª
Guerra Mundial, para defender causas alheias e assistiu aos
assassinatos de um Presidente da República e de um
Primeiro-ministro. Muita miséria, insegurança, analfabetismo, forte
emigração e a Bancarrota (!)
Estas,
algumas das principais circunstâncias que existiam, quando surgiu
o Regime do Estado Novo.
Este
novo Regime, que perdurou por pouco mais de quatro décadas
(1933 – 1974), fez renascer a Esperança aos
portugueses,dada a melhoria acentuada que proporcionou ao
todo nacional.
Durante
essa época conseguiu o Estado dotar o nosso País (que
então se encontrava na penúria de quase tudo) dos
Meios Humanos e Materiais essenciais ao seu bom funcionamento, quer
pelo incremento dado ao acesso ao Ensino e à Cultura (a todos os
níveis), quer pela melhoria radical dos serviços de Saúde, da
Habitação, dos Meios de Comunicação, da Produção Agrícola e
Industrial e da preservação efectiva do Património Nacional.
Principais
consequências: a criação de Emprego e de
Riqueza Nacional.
O
cumprimento disciplinado da Lei e da Ordem produziu o esperado
equilíbrio das Contas Públicas e o Crescimento Económico e tudo
isto foi feito em clima de Paz e Tranquilidade Pública.
Em
resumo: este período trouxe uma notória melhoria das condições de
vida ao Povo Português conforme facilmente se pode deduzir da
leitura da primeira Lista que se apresentou.
O
golpe de estado de 25 de Abril de 1974 determinou o fim brusco do
Regime do Estado Novo e deu início a outro período dequatro
décadas que se completa este
ano. Neste
período, já se contam os assassinatos (presumíveis) de
um Primeiro-ministro e de um Ministro.
Ao
longo destas quase quatro décadas tem-se assistido, com espanto,
ao desbaratar persistente de grande parte
da herança material e mental, produzida pelos Portugueses da Geração
anterior.
A
indisciplina e a falta de rigor na forma de governar traduziram-se,
simplesmente, em três Bancarrotas e na criação de uma dívida
externa astronómica, pela qual se reduziu a Nação Portuguesa a uma
espécie de Protectorado.
A
recessão e/ou a estagnação no Crescimento Económico em que
Portugal tem vivido, gerou enorme desemprego e a fuga para a
emigração de uma grande parte da Geração Jovem (aquela na qual o
País maiores esperanças depositava); o seu retorno a Portugal é
imprevisível e muito improvável.
Esta
Geração Jovem deixa para trás, uma população envelhecida e
empobrecida, 60% da qual vive, monetariamente, na dependência
directa do Estado.
A
Taxa de Pobreza ultrapassa os 15 % da população e, 28
famílias declararam insolvência, em
cada dia só durante
o 1º trimestre de 2013.
Tudo
isto em nome duma “Democracia” e duma “Liberdade”,
entretanto fictícias.
Fictícias,
porque não há Democracia sem a participação, plena e esclarecida,
do Povo na escolha directa de quem o há-de governar e não há
Liberdade quando o Povo não tem onde ganhar a vida e passa mal.
Conforme
facilmente se pode depreender da leitura da segunda Lista
apresentada, a actual Geração Jovem vê-se arrastada numa
vertiginosa descida ao Inferno, onde a Esperança não se vislumbra,
situação para a qual ela não contribuiu nem é responsável e
muito menos o serão as Gerações que se lhe seguirem,.
PORTUGAL
ESTÁ EM VIAS DE DESAPARECER, ENQUANTO
NAÇÃO LIVRE E INDEPENDENTE E ALGUÉM
TEM DE SER RESPONSABILIZADO POR ISSO!
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Apêndice
– (Texto retirado do Jornal “Público on-line” em 20 / 11
/2013):
Os
dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) comparando a
evolução das famílias entre 1960 e 2011 quantificam transformações
e mostram a que ritmo estão a ocorrer mudanças com as quais nos
deparamos no nosso quotidiano. Somos um país no qual há mais
pessoas sós, mais famílias monoparentais, mais casais recompostos e
menos famílias numerosas.
Muitos
destes dados reflectem a erosão da família tradicional e a adopção
de novas formas de vida. Outros traduzem a inexistência de uma
política de família que contrarie a tendência para a quebra da
natalidade que em Portugal há muito atingiu dimensões gravíssimas.
Os
dados do Eurostat mostram que temos a segunda taxa de natalidade mais
baixa da União Europeia. Os números do INE, por seu turno, indicam
que a percentagem de casais com filhos baixou de 41,1% para 35,2%,
entre 2001 e 2011. Estes dados evidenciam os efeitos da ausência de
uma política real de apoio às famílias. Os dados do Observatório
das Famílias e das Políticas de Família revelam que Portugal gasta
apenas 1,5% do PIB em apoios económicos às famílias e que nos
últimos três anos meio milhão de crianças perderam o direito ao
abono de família.
Num país em austeridade acentuada, travam-se os gastos que poderiam
conduzir a um aumento da natalidade. Poupa-se nos que ainda não
nasceram. E, por essa via, perde-se a possibilidade de contrariar o
défice demográfico e torna-se mais difícil combater os problemas
que decorrem do envelhecimento das populações, ao nível da
Segurança Social ou dos custos de saúde.
Um
país que convida os jovens a emigrar e não dá aos que ficam
condições para constituir famílias está a condenar-se a prazo.
Somos um país em recessão demográfica e que desistiu do futuro,
aceitando o declínio a prazo como preço para sobreviver no
presente. É preciso inverter essa recessão demográfica. E isso
implica que o país passe a ter uma política efectiva de família.
………………
Lisboa, Janeiro
de 2014
Manuel
Alves
do blogue portadaloja
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