O mal de Portugal

Durante anos acreditei que o mal de Portugal se chamava socialismo, pois esse parece ser o mal que aflige a humanidade neste início de século, e está à vista de qualquer não crente o resultado de trinta anos de socialismo no nosso país.

Mas o nosso mal é mais antigo e mais profundo, e embora pai e mentor do socialismo não se resume a este. O nosso mal chama-se estatismo, e este blogue vai tentar ser uma forma de denúncia desta doença grave que nos pode levar ao desaparecimento como país.

Em primeiro lugar há que reconhecer que desde a época dos descobrimentos, e fruto do poder real absoluto e da Igreja Católica omnipresente, está generalizada entre nós a ideia de que compete ao Estado resolver os problemas da sociedade. Essa é uma ideia para muitos indiscutível, partindo do pressuposto que a falta de Estado leva à anarquia.

Mas quanto Estado? um Estado fraco e pequeno que garanta as condições mínimas de segurança e justiça para todos os cidadãos, ou um Estado forte e grande que também se ocupe de temas como a economia, a educação ou a saúde? ou ainda um Estado forte, grande e omnipresente que trate de todos e de tudo?

Deixando de lado a decisão política e filosófica sobre o tamanho do Estado, deviamos todos estar de acordo que um país pobre como o nosso se devia primeiro ocupar de arrumar a casa (segurança e justiça), e só depois decidir se, e como, se vai ocupar dos outros temas.

E o que é que acontece com a segurança e a justiça? O crime está em crescimento exponencial, apesar da falsificação das estatísticas. A segurança externa, no país da Europa que conta com maior número de generais, está entregue a terceiros. A justiça é motivo de riso até para os próprios intervenientes.

Mas não é isso que interessa aos políticos? Os políticos de hoje substituem os sacerdotes de outrora que pelas suas preces, através dos sacrifícios do povo, e mediante a manutenção do seu próprio sustento, se encarregavam de resolver todos os problemas que a vida em sociedade inevitávelmente comporta.

Aproxima-se a falência deste sistema a que alguns chamam de Estado Social, ainda que de social só tenha o nome. Este blogue pretende ser uma ajuda para terminar com este estado de coisas, e mostrar aos cidadãos ao que leva o excesso de intervenção do Estado pelos seus agentes na sociedade. O Rei vai Nu.