O MAL DE PORTUGAL CHAMA-SE SOCIALISMO

A doença de que padecemos tem um nome: EXCESSO DE ESTADO, ou numa palavra: SOCIALISMO

quarta-feira, dezembro 30

O resultado do Custo de um Estado que controla mais de 50% da Economia Nacional

in Diario de Notícias, 26 de Dezembro de 2015

Serviços básicos subiram 25% desde 2011. Salários nem 2%

Eletricidade vai voltar a aumentar  |  ARTUR MACHADO/GLOBAL IMAGENS
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Os preços de eletricidade, saneamento básico, recolha do lixo ou mesmo para andar de comboio dispararam

A partir de 2011 Portugal viveu um período marcado pela entrada da troika e o avanço de uma austeridade sem paralelo. A culpa do resgate foi atribuída "aos portugueses" que teriam "vivido acima das possibilidades". Agora, volvidos mais de quatro anos, há uma mudança evidente: hoje é mais difícil viver em Portugal sem ser acima das possibilidades. Perceber esta afirmação obriga a olhar além da inflação geral e a entrar na evolução específica dos preços de certos bens, sobretudo os incontornáveis, comparando-os depois com a evolução registada nos rendimentos (ver texto ao lado).

Os valores globais para a evolução anual dos preços apontam para uma relativa contenção nos preços, com a inflação a variar entre a taxa de 3,7%, de 2011 e os -0,3% de 2014 - em 2015, e até novembro, a inflação rondava os 0,6%. Mas estes valores anuais referem-se a um cálculo que engloba várias classes e subclasses de produtos e serviços, cálculo que acaba por ocultar o jogo de "compensação" entre os bens que registam fortes subidas - os essenciais - e os que sofreram fortes descidas.

Serviços básicos

Entre aumentos de impostos, taxas e atualizações tarifárias, a austeridade incidiu com maior força nos bens essenciais e ligados à habitação, precisamente aqueles de que é mais difícil - ou impossível - fugir.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), desde 1 de janeiro de 2011 e o final de novembro de 2015, os residentes em Portugal viram a fatura associada ao saneamento básico disparar 53% e a relativa aos serviços de "recolha de lixo" a subir perto de 30%. Já a conta da luz, entre atualizações anuais e a passagem do IVA da eletricidade para os 23%, acumulou uma inflação de 35% de 2011 a 2015.

Além do aumento do preço da luz, sublinhe-se a velocidade com que aconteceu: de janeiro de 2011 a janeiro de 2012, a eletricidade subiu mais de 20%, acumulando nos anos seguintes atualizações anuais de 3% ou superiores. Neste capítulo, há ainda a destacar a evolução do preço do gás (13%) e da água (7,7%) verificada entre 2011 e 2015.

Já do outro lado da balança, e enquanto tinham de enfrentar estes aumentos, os trabalhadores viram os salários líquidos em Portugal subir 1,59%, ou mais 13 euros entre o início de 2011 (altura em que o salário médio era de 816 euros) e setembro de 2015 (salário de 829 euros). É nesta diferença entre evolução de preços e salários que se encontra a razão para a subida da pobreza em Portugal (ver texto ao lado).

Transportes

À imagem do que aconteceu na energia, os transportes públicos foram outro dos setores atacados pela austeridade desde o primeiro dia. Sérgio Monteiro, hoje responsável pela venda do Novo Banco, deu a cara por estes aumentos: em agosto de 2011 as tarifas subiram em média 15%, depois de em janeiro do mesmo ano já terem aumentado 4,5%. Em 2012 voltaram a subir 5%.

Segundo o INE, desde o início de 2011 e novembro de 2015, andar de comboio ficou 27% mais caro, e de autocarro 17% mais dispendioso. O cenário também tem sido agressivo para quem usa títulos combinados, cujos preços subiram 26% em cinco anos. Ou seja, os preços dos meios de transporte mais utilizados e, para muitos indispensáveis, dispararam. Em sentido oposto, o transporte aéreo: sendo um sector de forte concorrência e dado o reforço das low-cost em Portugal, os preços acabaram por recuar 19,7% desde 2011.

Educação, comida e futuro

Portugal é um dos raros países europeus que cobram pela frequência universitária, detalhe que, nestes anos de crise, tem impulsionado as desistências - Porto, Coimbra, Minho e Algarve contabilizavam duas mil desistências por motivos financeiros a meio do ano letivo de 2013--14. Mesmo assim, as propinas também aumentaram nos últimos anos: segundo o INE, frequentar o ensino superior ficou 6,93% mais caro desde o início de 2011, evolução que supera a registada na inflação contabilizada no nível de ensino pré-primário e primário (5%) e secundário (2,6%).

A saúde viu os preços crescerem 1,72% nos últimos anos, com destaque para o salto expressivo de 16% no custo dos serviços hospitalares.

Destaque final para a "alimentação" que, tanto devido à concorrência entre a grande distribuição como graças a uma maior procura - menos idas a restaurantes -, apresenta uma inflação acumulada de 1,62% desde 2011, com bens como o pão (0,8%), a carne (-3,6%) mas também o peixe, o leite ou o queijo (-2,3%) a tornarem-se mais acessíveis para as famílias.

Apesar de todos estes aumentos, certo é que nem a "saída limpa" nem a eleição de um governo de esquerda levaram ao seu desagravamento. Antes pelo contrário: a luz, que subiu 35% desde 2011, vai subir mais 2,5% já em janeiro de 2016. Já em termos políticos, o governo socialista deu antes prioridade à redução do IVA na restauração, mantendo a cobrança de 23% de IVA na eletricidade, um bem essencial que, a pouco e pouco, se foi tornando um luxo.

domingo, dezembro 13

O Mundo foi salvo hoje! Votem em nós!

Para a malta:

- Os acordos alcançados hoje em Paris são a salvação da Humanidade!

Barak Obama no Twiter: "this is huge. Almost every country in the world signed the Paris agreement on climate change. Thanks to America leadership".

Francois Hollande dito "la limace": "Aujourd'hui c'est l'humanité qui fait un premier pas vers son avenir !".

 A verdade:

Delegações de 196 paises concordaram hoje em Paris em "prosseguir esforços para reduzir a temperatura no planeta em 1,5 graus centigrados".

Nem sequer um tratado. Nem sequer uma data. Nem sequer uma obrigação. Apenas uma autentica e gigantesca farsa. Já podem todos arrumar as malas, voltar para casa, agradecer ao contribuinte que paga estes passeios e, até à próxima...

Disclaimer: a luta contra a destruição da natureza deve ser uma preocupação individual de cada um. Tendo todavia em conta que as alterações climaticas provocadas pela acção humana são uma pequena parte no total das alterações sofridas pelo clima da Terra em centenas de milhões de anos sem homens, convém esclarecer as populações dos paises desenvolvidos que, ou voltamos todos para as cavernas, ou não podemos impedir que países emergentes como a China, a India ou Africa atinjam os níveis de conforto a que nos habituamos, sobretudo quando temos o nosso ar limpo porque deslocamos as industrias poluidoras para esses paises.