Sonhar é possível, mas o acordar é uma realidade
Agora critica-se a austeridade porque a "austeridade não é um fim em si mesmo". Bravo!
A austeridade não é um fim em si mesmo. O que é um fim em si mesmo é ter as contas publicas equilibradas. O único meio de não hipotecarmos o nosso futuro e o dos nossos filhos e netos. Não existe outro.
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A austeridade não é um fim em si mesmo. O que é um fim em si mesmo é ter as contas publicas equilibradas. O único meio de não hipotecarmos o nosso futuro e o dos nossos filhos e netos. Não existe outro.
E o que se verifica em toda a Europa e especialmente em Portugal é que as contas publicas não estão equilibradas há 38 anos, o "ambicioso" objectivo é de ter um déficit de "apenas" 3% do PIB em 2015, um escândalo da moral, um ónus que deviamos ter vergonha de assumir: toda uma geração que viveu e vive acima dos seus recursos e possibilidades, tudo pago pelas gerações futuras.
Está-se a descobrir agora que em democracia esse objectivo é uma impossibilidade porque 1. os políticos vivem de promessas de obra e de crédito fácil, 2. o eleitor está-se a cagar para o futuro, para os seus filhos e netos (que nem tem), 3. a populaça acredita mesmo que as dívidas até nem são para pagar, e finalmente 4. os banqueiros deliciam-se com a situação de terem os políticos (e os países) no bolso. Tudo sonhos. Tudo uma maravilha.
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